Neil van Schalkwyk, um dos donos da fabricante de vuvuzelas, indicou que vai exportar seu produto para a Copa de 2014 e já ampliou o número de funcionários de 20 para 70 em menos de um ano. As negociações com empresas brasileiras já começaram. A estimativa do fabricante é de que os lucros com a venda nesta Copa ultrapassem a marca de US$ 2 milhões. Parte dos lucros vai diretamente para a Fifa, já que se trata de um produto licenciado pelo entidade.
O principal fabricante de vuvuzelas quer levar o instrumento que vem causando polêmica aos estádios do Brasil, na Copa de 2014. Ontem, a Fifa negou que vá banir a corneta dos campos
sul-africanos e indicou que os comentários feitos há dois dias pelo CEO da Copa, Danny Jordaan, eram apenas "suas opiniões pessoais". Jordaan disse que estava avaliando banir o uso das vuvuzelas em campo e lembrou que, no tempo do apartheid, "ninguém assoprava nada" entre a população que combatia o regime racista. "Nós cantávamos", disse.
Sepp Blatter, presidente da Fifa, saiu em defesa do instrumento.
"Sempre disse que a África tem um ritmo diferente, um som diferente. Não posso evitar as tradições musicais de torcedores em seu próprio país", afirmou o cartola, em uma mensagem no seu twitter.
Enquanto isso, os principais fabricantes do instrumento continuam lucrando e, ironicamente, já pensam também em vender "tapa vuvuzelas" para os incomodados. Ontem, no Soccer City, não era difícil encontrar alguém com a proteção no ouvido. A pedido da Fifa, os fabricantes reduziram a potência do instrumento, modificando o bocal para reduzir em 20 decibéis o som.
Fonte: Jornal "O Estado de São Paulo"
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